José Eduardo Moeller Hosken, responsável técnico e engenheiro da empresa, lembra que o solo grampeado é um tratamento feito no solo por meio de inserções de chumbadores ou grampos metálicos, acompanhado da injeção de calda de cimento. “Isso é feito de tal forma que a região tratada se comporte como um grande muro de arrimo de gravidade ao redor do terreno que se torna autocortante”, afirma.
Hosken explica que o solo grampeado existia apenas em estradas e contenções com taludes suaves. Porém, há 20 anos, a M. Hosken iniciou o desenvolvimento dessa técnica em zonas urbanas. “Hoje nosso escritório é o que mais projeta solo grampeado em região urbana no Brasil, totalizando 570 projetos nessa área”, conta.
O engenheiro explica que o solo grampeado é uma técnica bastante utilizada pela M. Hosken para fazer a contenção do solo dos edifícios. Essa técnica também é utilizada em projetos de consolidação de pisos industriais.
Os principais projetos realizados pela empresa utilizam o solo grampeado. Exemplo disso é uma obra da construtora Exemplar na rua Alfredo Pujol, na zona Norte da capital paulista. Segundo Hosken, essa construção tem a maior altura de solo grampeado em zona urbana, 19 metros.
Outra obra que também segue essa linha é o edifício Montreal da construtora Anjor, um empreendimento do complexo Empresarial 18 do Forte, em Alphaville. “Ele tem seis subsolos com contenções em solo grampeado a prumo e em fundação direta em sapatas apoiadas em rocha, uma obra bastante interessante”, conta Hosken.
Além desses projetos, José Eduardo cita o shopping Diadema. Essa construção foi, segundo ele, feita em pré-moldados pela empresa Prefab. “O pré-moldado não pode receber cargas das divisas, então o shopping tem contenções externas e internas com grandes sobrecargas, sem apoiar ou sobrecarregar a estrutura”, diz. “Tudo resolvido com solo grampeado”.
M. Hosken na pandemia
Desde o início da pandemia, muitas empresas tiveram que trabalhar remotamente. Entretanto, isso não aconteceu com a M. Hosken, uma vez que toda a equipe continuou trabalhando no escritório da consultoria. “Todos optaram por continuar trabalhando presencialmente. Temos uma grande área de afastamento de 12 metros quadrados por pessoa”, relata José Eduardo Moeller Hosken.
Para a empresa, o que mais mudou durante a pandemia foi a maneira de realizar reuniões. “Utilizamos reuniões virtuais o tempo todo, o que se mostrou muito vantajoso, porque perde-se muito tempo em deslocamento para as reuniões presenciais”, lembra.
Outra mudança enfrentada pela M. Hosken foi não poder visitar as obras dos clientes, algo considerado muito importante para o engenheiro. “Para você desenvolver um projeto de fundação, principalmente de contenção, é indispensável você fazer a vistoria do local”, pontua.
Neste momento, a demanda segue em alta para a M. Hosken. Para o engenheiro, a tendência é que isso continue acontecendo. O tipo de solução oferecida pela M. Hosken será cada vez mais utilizado. “Acreditamos que vai haver uma utilização cada vez maior desse tipo de solução”, aposta.
Valorização de projetos
Para Hosken, a campanha de valorização de projetos que vem sendo realizada pela Abeg é muito importante. “Recebemos com muita satisfação esse empenho da ABEG em divulgar a importância desse tipo de trabalho”. A M. Hosken é membro fundador da Abeg.
O engenheiro afirma ainda que esse trabalho deve ser considerado um investimento. “Sempre falamos para os nossos clientes que a contratação do projeto e consultoria de fundações é um investimento que tem retorno garantido em qualidade, segurança e economia da obra deles”, conta.