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Na foto, Vista da Fábrica Natura - Cajamar / SP. Foto: ZF & Engenheiros Associados / Divulgação)
Na foto, Vista da Fábrica Natura - Cajamar / SP. Foto: ZF & Engenheiros Associados / Divulgação)

Com 40 anos de atuação, ZF é reconhecida por projetos complexos e diferenciados

Ago 19 2021

A ZF & Engenheiros Associados, localizada na capital paulista, é uma consultoria que projeta fundações e contenções para a construção civil. A empresa foi fundada em 1982 pelos engenheiros Efraim Zaclis e José Luiz Salvoni. Em 1985, o engenheiro Frederico Falconi entrou para a equipe, tornando-se sócio-diretor da empresa.

Em quase 40 anos de história, que serão completados em 2022, a ZF tem posição de destaque na área. Para Falconi, os diferenciais da empresa são a qualidade no atendimento ao cliente e o conhecimento técnico apurado. Para manter a qualidade dos serviços, a consultoria busca atualizar-se com os mais recentes estudos publicados na área e também com as tecnologias e equipamentos de última geração lançados no mercado.

Exemplo disso é o interesse da empresa no uso de fibras ópticas, uma técnica que começou na Europa e que ainda é pouco utilizada no Brasil. “As fibras podem servir para fazer instrumentação estática, ou seja, medir o ponto de tensão atuante em qualquer região de uma estaca”, explica o sócio-diretor da empresa.

A consultoria já realizou inúmeros projetos em todos esses anos de mercado. Os trabalhos mais importantes e significativos da ZF foram obras com projetos estruturais e arquitetônicos complexos e diferenciados.

Falconi cita exemplos emblemáticos da empresa, entre eles, as fundações do prédio do antigo Banespa, no centro de São Paulo, e as fundações do InCor (Instituto do Coração do Hospital das Clínicas), também na capital, projeto que se tornou uma das maiores obras em escavação urbana na cidade.

Outro projeto, este mais recente, foi para a Biblioteca José Mindlin na USP em São Paulo (SP). Destacam-se também os projetos para a Cidade das Artes e a Vila dos Atletas, ambas no Rio de Janeiro (RJ), e a fábrica da Natura em Cajamar (SP).

“Às vezes a obra pronta não tem a mesma relevância para o público leigo do que para o público mais técnico”, diz Falconi. “Por isso, a gente relembra com mais frequência aquelas obras marcantes na paisagem da cidade e que têm um apelo maior”. A ZF tem, além desses, muitos outros projetos no currículo, como edifícios, obras de estabilização de encostas, obras industriais, hospitais e shopping centers.

A ZF na pandemia

(Na foto, a fachada da Biblioteca José Mindlin - USP / SP. Foto: ZF & Engenheiros Associados / Divulgação)

Trabalhar em casa tem sido a atividade de muitos brasileiros e isso não foi diferente com a ZF. O sócio-diretor da empresa conta que, no início, trabalhar desse modo trouxe algumas dificuldades. Segundo ele, a elaboração de alguns projetos era menos rica e dinâmica no começo da quarentena, quando as discussões presenciais tiveram que ser substituídas pelo trabalho à distância.

“É mais fácil mostrar um desenho presencialmente do que mostrar pela tela, mesmo com os recursos tecnológicos disponíveis”, relata Falconi. “Mas logo nos adaptamos ao trabalho em home office e dominamos essas ferramentas”.

Em relação ao número de serviços, Falconi opina que a pandemia não prejudicou, de maneira geral, as obras de fundações e contenções. Ele conta que a demanda de serviços da ZF permaneceu a mesma.

Valorização das empresas projetistas

(Na foto, a fachada da Cidade das Artes - Rio de Janeiro / RJ. Foto: ZF & Engenheiros Associados / Divulgação)

Frederico Falconi acredita que a engenharia, de modo geral, está desvalorizada e que este é um dos motivos que faz com que os profissionais da área sintam-se muitas vezes pressionados a reduzir o valor do seu trabalho. Para ele, a engenharia civil e a geotecnia, especialmente a área de fundações, precisa ser valorizada para que o trabalho dos profissionais e das empresas de projetos seja devidamente reconhecido.

“As empresas da área de geotecnia oferecem serviços que são, basicamente, conhecimento”, diz ele. “Isso não deveria ser objeto de concorrência. É a desvalorização desse conhecimento que prejudica o setor”.

Ele lembra também que os custos das construtoras com os serviços dos projetistas de fundações costumam ser substancialmente menores do que muitos outros itens de uma obra.

“Concordo com o Milton Golombek, presidente da ABEG, quando ele fala que o corretor ganha 6% do valor do imóvel e a engenharia geotécnica não chega a 1% do total. Existe uma diferença muito grande e gritante que precisaria ser alterada”, sustenta o engenheiro.

O sócio-diretor da ZF & Engenheiros Associados relata também que os preços de um projeto geotécnico são praticamente os mesmos desde 2014, algo muito complicado, porque um engenheiro geotécnico costuma ser um profissional de alta qualificação. “Procuramos estar sempre atualizados na área de geotecnia, mas isso não se reflete, necessariamente, na remuneração ou na valorização profissional”, afirma Falconi.

 

 

As colocações dos representantes das empresas associadas à ABEG são pessoais e não refletem necessariamente a opinião da entidade ou dos dos demais associados.

 

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