O início da empresa está diretamente vinculado à trajetória do engenheiro Gentil Miranda Jr., fundador e diretor da Gebase. Ele trabalhou antes na Consultrix e na Apoio, empresas pioneiras nesse segmento, ganhando experiência profissional. Em 1995, ele deixa São Paulo e muda-se para Campinas, onde mais tarde forma parceria com o engenheiro Valter Frederico. “Fiquei em Campinas ajudando a desenvolver o mercado de consultoria de fundações, porque aqui não havia esse tipo de profissional”, conta Gentil Miranda. “Até que, em 2006, abri a Gebase”.
Segundo o engenheiro, o diferencial da Gebase é dar atenção especial a todas as necessidades do cliente. Além de buscar ser ágil quanto ao prazo indicado pelo cliente e às necessidades durante a execução da obra, a consultoria estuda diversas opções de projeto com o objetivo de oferecer o melhor custo-benefício possível.
Em mais de 15 anos de atuação, a empresa já realizou milhares de projetos. De acordo com Gentil Miranda, uma das obras mais marcantes realizadas pela Gebase foi o projeto “Minha Casa, Minha Vida” em Indaiatuba (SP), uma obra com oito condomínios e mais de 130 blocos. O projeto tinha desafios de cunho econômico e, para contornar a situação, a empresa conseguiu uma otimização dos custos das fundações por meio de provas de carga estáticas realizadas antes da elaboração do projeto executivo em cada condomínio e acompanhamento de cada fase da execução. “O resultado foi muito bem resolvido tecnicamente, economicamente e de forma segura”, declara.
Mercado na pandemia
Durante a pandemia, Gentil afirma que houve um crescimento do trabalho e dos projetos da Gebase. Fatores macroeconômicos ajudaram esse setor durante os dois últimos anos. “A taxa de juros permaneceu baixa e houve um aumento na oferta de crédito imobiliário”, lembra. Além disso, o setor foi considerado serviço essencial durante a pandemia, o que foi fundamental para a realização das obras.
Em relação às perspectivas econômicas para o futuro das empresas do ramo, Gentil vê o mercado com otimismo. As propostas de trabalho aumentaram em comparação aos últimos anos e ele acredita que a estabilidade da economia ao longo desse período tem contribuído com essa perspectiva de crescimento.
Valorização das empresas de projetos
Gentil lembra que os projetos de fundações e contenções são fundamentais para os empreendimentos. “Quando as pessoas avistam um prédio, costumam olhar apenas a parte externa, o que fica acima do solo, e não dão importância para o que está escondido, as fundações”, pontua. “E são as fundações que garantem a solidez de todo o empreendimento”, explica o diretor.
Apesar dos desafios existentes, ele percebe que houve um movimento de valorização dos serviços oferecidos por empresas como a Gebase. “A ABEG tem, nesse sentido, um papel importante pelo fato de aproximar empresas que, sem isso, estariam isoladas”, relata o empresário. “É fundamental que possamos desenvolver um companheirismo sadio para que nossos serviços sejam valorizados e devidamente pagos”, declara.
Ele relembra ainda que os custos desse setor são expressivos, os engenheiros são especializados em geotecnia não são comuns no mercado e há um trabalho de anos para formar esses profissionais. Por isso, na avaliação dele, é importante lutar para manter os preços justos para o setor e fazer um trabalho de acordo com o que recomenda a boa engenharia e de acordo com a demanda dos clientes por qualidade e segurança.
As colocações dos representantes das empresas associadas à ABEG são pessoais e não refletem necessariamente a opinião da entidade ou dos dos demais associados.