A pesquisa “Construção civil x Covid-19 - O presente e o futuro do setor” foi divulgada em junho de 2020. Das participantes da pesquisa, 67% são empresas com até 5 obras em andamento. Empresas com 6 até 20 obras em andamento representam 27% da amostra. E empresas que lidam com mais de 20 obras em andamento representam 7% da pesquisa.
Impactos da Covid-19
A chegada da pandemia de Covid-19 no país mudou bruscamente o ritmo das obras em várias regiões. Além disso, equipes inteiras tiveram que migrar para o ambiente virtual de forma repentina. Estes são alguns fatores que podem ter levado as empresas a sofrer impacto no faturamento, nos recebimentos, nas renegociações e a ver aumentar a inadimplência e o número de contratos de trabalho congelados, além dos contratos não fechados ou interrompidos.
Porém, quando perguntadas sobre o impacto que a pandemia de Covid-19 trouxe às empresas neste sentido, 54% delas consideraram que sofreram pouco com a pandemia contra 34% que admitiram terem sofrido muito impacto. Outras 12% responderam não terem sentido nenhum impacto com a pandemia até o momento.
Considerando somente as empresas com até 5 obras em andamento, entretanto, a porcentagem que admite ter sido muito afetada pela pandemia foi maior – quase 40% respondeu estar enfrentando dificuldades. Por outro lado, 49% delas declarou ter sofrido pouco impacto. Outras 10% das empresas deste porte responderam não terem sido impactadas.
Demissões
Uma das boas notícias levantadas pela pesquisa é o baixo índice de demissões desde o início da pandemia entre as empresas. A pesquisa apurou que apenas 32% delas demitiram colaboradores. O índice de demissões é ligeiramente maior entre as empresas com menos obras em andamento – 35% dessas empresas responderem que houve demissões.
As empresas com até 20 obras em andamento são as que menos demitiram no período – 26% delas responderam que houve demissões. Já dentre as empresas com mais de 20 obras em andamento, o índice de demissões foi de 28%.
Recuperação e industrialização do mercado
Cerca de 40% das empresas ouvidas pela pesquisa esperam que o mercado da construção se recupere da pandemia num período entre 6 e 12 meses. Essa porcentagem pouco varia quando são considerados os portes das empresas.
Porém, ao serem perguntadas sobre o ritmo de industrialização da construção, 42% considera que nada mudará neste sentido. Outras 41% acredita que haverá pouca mudança. Já 17% das participantes considera que haverá grande mudança na industrialização da construção.
Transformação digital
A pandemia trouxe uma nova realidade às empresas da construção civil. Por conta das restrições impostas para evitar a disseminação da Covid-19, várias empresas tiveram que adotar novas tecnologias e passar a utilizar aplicativos e softwares para dar andamento às suas atividades de forma remota sem que houvesse perda de produtividade e de contato entre as equipes.
Levando em conta o cenário imposto pela pandemia, a pesquisa quis conhecer o que pensavam as participantes sobre a velocidade da transformação digital no setor. Neste sentido, o levantamento visava entender se a adoção destes e de outros recursos digitais (como soluções que envolvem, por exemplo, Big Data, Inteligência Artificial e softwares de modelagem 3D, normalmente utilizadas para facilitar e agilizar as tomadas de decisões estratégicas) seriam integrados de forma mais rápida, agora, no dia a dia das empresas.
A maioria (48%) acredita que o setor irá acelerar pouco o processo de transformação digital por conta da pandemia. Outras 28% das empresas já creem que o setor irá acelerar muito sua transformação.
Uma verdadeira revolução digital só é crível para 13% das empresas. Menor, porém, é a porcentagem de empresas que consideram que não haverá nenhuma transformação digital no setor: elas representam 10% dos resultados.
Acesse aqui o infográfico da pesquisa.
(Imagem: yucelyilmaz/iStock.com)