Empresa associada à ABEG, a FC Projetos manteve a sua trajetória de crescimento no ano passado. Em 2023, o ritmo da empresa se manteve constante até aqui, sem qualquer desaceleração significativa. A perspectiva da instituição para o resto do ano é positiva. “Acreditamos que o cenário mais provável é que o mercado continue como está hoje e como foi no ano anterior”, diz Alexandre Carbone, diretor da FC Projetos.
Luciano Finelli, também sócio da empresa, lembra que não é possível prever com precisão qual deverá ser a reação do mercado da construção no restante do ano em virtude do atual cenário político pós-eleições. “Mas não sentimos nenhuma mudança brusca nos primeiros meses desse ano. Continuamos trabalhando no mesmo ritmo”.
O número de propostas já enviadas à FC Projetos esse ano chega a 60. A empresa conta, agora, com 20 obras já contratadas ou em andamento. “Em comparação com os anos anteriores, o cenário é semelhante”, afirma Carbone.
Clientes
“Aproximadamente 80% dos nossos clientes estão fora do estado de São Paulo”, diz Alexandre Carbone. O engenheiro afirma que a maior demanda vem das regiões Centro-Oeste, Nordeste e de Minas Gerais.
Desde a abertura da empresa, a maioria dos clientes localiza-se fora do estado de São Paulo. “Há um ano e meio, começamos a ter mais demanda de trabalho na capital. Mas na região Nordeste – Ceará, Bahia e Pernambuco – essa demanda é alta desde 2019”, declara Finelli.
Desafios e investimentos
O desafio da FC Projetos e de outras empresas do setor é lidar bem com a sazonalidade. “Nos momentos em que o mercado encontra-se menos movimentado, nosso desafio é estruturar a empresa para que ela tenha fôlego financeiro e técnico para passar por essas oscilações”, expõe Alexandre Carbone.
O sócio diz que a FC Projetos sedimentou o trabalho em home office. Atualmente, 50% da equipe técnica da empresa, que conta com 12 engenheiros e projetistas, trabalha de forma remota. Já a outra metade, atua de forma presencial, no escritório.
Além disso, a instituição investe em uma infraestrutura de informática e TI para que as atividades remotas funcionem de forma efetiva. E também se preocupa com a capacitação da equipe, estimulando a participação em cursos e o aperfeiçoamento profissional.
“Hoje já faz parte da nossa rotina o trabalho com projetos em 3D. Já temos uma equipe que atende esse tipo de demanda. Isso já criou uma infraestrutura interna que nos habilita a manter a tranquilidade, sem grandes oscilações”, diz Alexandre Carbone.
Assista à entrevista completa com os sócios da FC Projetos:
A Ber-Fac, empresa associada à ABEG, foi fundada em 1979. Conta com dois sócios, os engenheiros José Vicente Fanton e Enos Faccin Junior. Em entrevista à equipe de comunicação da ABEG, Faccin disse que a Ber-Fac estabelece relações de fidelidade com todos os seus parceiros e clientes.
“Minha visão do mercado atual é muito boa” diz Faccin. Para ele, o mercado está muito aquecido, principalmente no ramo imobiliário. “A construção civil nunca esteve tão ativa como agora”, expõe o engenheiro.
Clientes
“Em termos de mercado, saímos do setor imobiliário de São Paulo e hoje estamos mais concentrados no interior”, explica Faccin. Ele afirma que seus clientes estão mais concentrados em Campinas, Hortolândia, Sumaré, Santa Barbara do Oeste, São José dos Campos, entre outras cidades no interior do estado.
Faccin conta que os principais clientes da Ber-Fac são da área industrial e do setor de serviços, como os hipermercados e supermercados. “Saímos do mercado de construções mais consagradas”, afirma o engenheiro. A Ber-Fac passou a trabalhar em obras com outros focos, como o Hospital Pérola Byington, na região central de São Paulo, e a urbanização de favelas, em Paraisópolis.
Assista à entrevista para a equipe de comunicação da ABEG:
Ilan Gotlieb, diretor da MG&A, empresa associada à ABEG, afirma ter começado o ano de 2023 com a empresa registrando um movimento mais lento se comparado aos últimos meses do ano anterior. “Em virtude das eleições e da troca de governo, as pessoas reduziram o ritmo de lançamentos e de consultas para propostas”, destaca o geotécnico. Gotlieb acredita que os investidores ainda estão receosos no que diz respeito aos investimentos em novos projetos por conta da incerteza sobre o panorama econômico do país, o que se reflete diretamente na atividade econômica de forma geral e na queda da solicitação de serviços de projetos geotécnicos.
Em relação ao mercado coorporativo, o ritmo varia em função do campo de atividade. A MG&A trabalha em obras industriais e o diretor destaca a atuação da empresa no âmbito dos mercados atacadistas. “Essa área cresce justamente no momento em que a economia se apresenta instável”.
Desafios
A MG&A está envolvida em um projeto na região do bairro da Aclimação, na capital paulista. A obra acontece em um terreno vizinho a um túnel de metrô. Em função da localização, todo o projeto de fundação teve que ser feito respeitando as condições da Companhia do Metropolitano de São Paulo, como o distanciamento, a aplicação de esforços de novas fundações, entre outras exigências.
Outro desafio enfrentado pela empresa é o de supermercados que são transformados em atacadistas. O engenheiro lembra da diferença entre a maneira de trabalhar de ambos. No caso dos atacadistas, há nesses locais equipamentos pesados utilizados no armazenamento e mobilidade dos produtos, o que envolve alterações em relação a carregamento de estruturas e, consequentemente, o reforço das fundações ali existentes ou a execução de novas.
Investimentos
Um dos principais investimentos que a gestão da MG&A almeja fazer esse ano é o aprimoramento para executar projetos com o BIM (Building Information Modeling), em português Modelagem de Informação da Construção. Gotlieb comenta que, até recentemente, a demanda pelo uso do BIM não era alta. Mas a situação mudou, “A maioria dos clientes está exigindo que apresentemos projetos em forma de modelos”, revela o engenheiro.
Para alcançar tal especialização, a diretoria pretende investir em equipamentos, softwares e principalmente no treinamento de funcionários. “Nesse ano, vamos focar muito em investir na preparação do escritório para atender esse tipo de plataforma”, assegura Ilan Gotlieb.
Assista ao vídeo da entrevista com o sócio diretor da MG&A: