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Em entrevista ao Estado de S. Paulo, a coordenadora de Projetos da Construção da FGV/Ibre, Ana Maria Castelo, analisa a recuperação do setor da construção a partir da Sondagem da Construção divulgada pela FGV. Para Castelo, apesar do crescimento de 2% no segundo trimestre de 2019, comparado ao mesmo do ano passado, o ritmo da recuperação ainda é muito lento para alavancar a economia. Dentro do Índice de Confiança da Construção (ICST), o Índice de Expectativas (IE) atingiu 97,9 pontos, o maior desde 2014. De acordo com a reportagem, embora com crescimento tímido, os dados mostram que o setor da construção civil está saindo da crise. Confira a matéria do Estado de S. Paulo completa aqui.

 

Imagem: WangAnQi/iStock.com

Em julho de 2019 foram financiados 24,9 mil imóveis, representando uma alta de 24% em relação a julho do ano passado. Esse número aponta uma tendência de recuperação do setor imobiliário e é atribuído a uma série de fatores, como os juros mais baixos, que deixam os financiamentos mais baratos. Segundo o Secovi-SP, os imóveis mais vendidos foram as residências de dois quartos. Confira a reportagem completa da Folha de S. Paulo. 

 

Imagem: ADragan/iStock.com

Aos 90 anos de idade, o engenheiro Mário Franco faleceu em São Paulo. Ele foi um dos maiores engenheiros estruturais do Brasil, responsável pelo cálculo de importantes obras, especialmente na cidade de São Paulo, como o Othon Palace Hotel, o Hotel Unique, o Centro Empresarial Nações Unidas, o Palácio das Convenções do Anhembi, o Pátio Victor Malzoni e tantas outras. “É um dia triste para a engenharia brasileira”, afirma Ilan D. Gotlieb, presidente da ABEG. “Perdemos uma referência na área de estruturas que dificilmente vai ser substituída”, completa Milton Golombek, vice-presidente da entidade.

Com um vasto conhecimento técnico, Franco era admirado e respeitado por todos. “Ele era muito doce, compartilhava seu conhecimento e suas experiências de forma muito gentil, atendendo a todos com muita atenção e carinho”, lembra Gotlieb. “Foi um grande mestre para todos nós”.

Sua personalidade generosa se refletia na atuação profissional. “Para ele nada tinha dificuldade”, conta Golombek. “Sempre dava um jeito de atender a todos os pedidos de forma muito simples”. 

O vice-presidente da ABEG lembra ainda que, apesar de todo o conhecimento e reconhecimento, Mário Franco era uma pessoa muito simples, que não conhecia a arrogância.

O engenheiro Mário Franco

Nascido em Livorno, na Itália, em 14 de março de 1929, veio ao Brasil em 1939. Aqui estudou e formou-se engenheiro em 1951 pela Escola Politécnica da USP. Em 65 anos de carreira, Mário Franco assinou mais de 2.000 projetos.

Em 1952, fundou Escritório Técnico Julio Kassoy e Mario Franco Engenheiros Civis. Franco foi ainda professor do Departamento de Engenharia de Estruturas e Fundações da Poli-USP e também da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da mesma universidade. Além disso, foi professor visitante do Instituto Superior Técnico da Universidade Técnica de Lisboa (Portugal) e em Macau (China).

Todo esse conhecimento e experiência renderam prêmios como “Personalidade de Engenharia Estrutural 2011”, “Prêmio Talento Engenharia Estrutural” em 2003, 2005 e 2008, “Prêmio Emilio Baumgart” em 1985, “Eminente Engenheiro do Ano 2001”, “Prêmio Melhor Trabalho Técnico do Ano” em 1999, 2002 e 2003 e tantos outros. 

A ABEG presta suas mais sinceras condolências aos familiares e amigos de Mário Franco e agradece pelo legado que deixa à engenharia brasileira. Suas lições jamais serão esquecidas.

 

Imagem: oatawa/iStock.com